INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DECIFRA MISTÉRIOS DOS PERGAMINHOS DO MAR MORTO!

    Passado e futuro se cruzam, sob o olhar da ciência, para decifrar os pergaminhos do livro de Isaías: pesquisadores usaram inteligência artificial em um dos Manuscritos do Mar Morto e descobriram que ele foi feito por duas pessoas diferentes.

   O Pergaminho de Isaías faz parte da coletânea histórica, com cerca de 900 livros, que contém as cópias mais antigas da Bíblia hebraica. Eles foram achados no início dos anos 1940, em uma caverna na Cijordânia.

  Agora, um grupo de estudos da Universidade de Groningen, na Holanda, combinou o uso de tecnologia e estatísticas para analisar o texto de 125 a.C, considerado o maior e o mais bem preservado dos manuscritos.

  Os diferentes padrões de escrita, imperceptíveis a olho nu e que parecem idênticos até mesmo pelos que são treinados em paleografia, foram decifrados pelo computador. Os resultados da descoberta foram publicados na revista científica PLOS One.

  “Isso nos mostra que eles trabalharam em equipe para fazer o manuscrito”, disse o líder da pesquisa, Mladen Popovic.

  Não é de hoje que os cientistas pesquisam como os textos bíblicos foram escritos. E a pesquisa reforça a tese de que teriam sido feitos em equipe, possivelmente com a ajuda de aprendizes, que reproduziam rigorosamente o mesmo estilo.

   No estudo, os pesquisadores ensinaram a inteligência artificial a analisar a imagem do texto e separar digitalmente a tinta do papiro.

  Eles utilizaram, então, duas letras do alfabeto hibraico – aleph e bet – para mapear todas as vezes que apareciam no pergaminho e todas as suas variações.

  Assim, descobriram que as duas metades do manuscrito foram escritas em um estilo parecido, mas de dois modos diferentes.