A Irlanda decretou um dos bloqueios mais rígidos da Europa: até 1º de dezembro só funcionarão os serviços essenciais no país e as pessoas serão orientadas a ficar em casa.
No país, vivem milhares de brasileiros e a capital Dublin e uma das preferidas dos estudantes para fazer intercâmbio. A pandemia fez com que muitos retornassem ao Brasil.
E os que ficaram sentem os efeitos do isolamento porque estão longe de suas famílias e agora novamente diminuem as possibilidades de trabalho.
O lockdown de nível 5 (o mais alto dessa classificação) começa a partir da meia-noite desta quarta-feira (21), apesar da baixa mortalidade e dos pedidos de alguns cientistas para que os governos não voltassem a optar por rígidos isolamentos.
A maioria das empresas fechará, não poderão ser feitas reuniões em locais públicos e a liberdade de ir e vir também será limitada em todo o país durante seis semanas. Só serão permitidos aos moradores exercícios físicos num raio de 5 km da sua casa.
Pubs, restaurantes e cafés só poderão oferecer alimentos para viagem ou entregas.
O primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, justificou a decisão radical “pelas evidências de uma situação potencialmente grave, que surgiria nas próximas semanas, eram agora muito fortes”.
A Irlanda registrou neste domingo (18) 1.283 casos, com três mortes. Dos novos casos, 235 ocorreram na capital Dublin.
Curiosamente, as escolas e creches permanecerão abertas. Segundo o primeiro-ministro, “não podemos e não permitiremos que o futuro dos nossos filhos e jovens seja vítima dessa doença. Eles precisam de sua educação”.