O JPMorgan Chase concordou em pagar às Ilhas Virgens Britânicas, nos Estados Unidos, US$ 75 milhões para resolver uma ação judicial, na qual é acusado de ter contribuído para a rede de tráfico sexual do pedófilo Jeffrey Epstein ao ignorar os sinais de alerta relacionados às contas de Epstein no banco de investimento.
Segundo o jornal The New York Post, o acordo ocorre a um mês do julgamento, em Manhattan, pelas ligações do banco com Epstein.
O CEO da instituição, Jamie Dimon, alegou em depoimento, em maio último, que nada sabia até que Epstein foi preso, em 2019.
O acordo estabelece a contribuição de US$ 30 milhões a instituições de caridade nas Ilhas Virgens e US$ 25 milhões para melhorar a infraestrutura local. Os outros US$ 20 milhões irão cobrir honorários de advogados.
Apesar do acordo, o JPMorgan não admitiu qualquer irregularidade
“A empresa lamenta profundamente qualquer associação com este homem e nunca teria continuado a fazer negócios com ele se acreditasse que estava usando o banco de alguma forma para cometer seus crimes hediondos”, disse o JPMorgan em comunicado.
As Ilhas Virgens reivindicavam inicialmente pelo menos US$ 190 milhões para resolver o processo, incluindo US$ 150 milhões em multas civis e pelo menos US$ 40 milhões em penalidades – mais que o dobro do resultado do acordo, fechado na terça-feira (26).
Patricia Wexler, porta-voz do banco, disse que o acordo “reconhece que o JPMorgan continua comprometido com esforços contínuos para combater o tráfico de pessoas através do seu programa de combate à lavagem de dinheiro”.
Em junho, o JPMorgan concordou em pagar US$ 290 milhões para resolver um processo com as vítimas de Epstein durante um período de 15 anos.
Segundo o jornal, após esses ultimos acordos o JP Morgan conclui a saga jurídica envolvendo sua relação com Epstein. Os processos revelaram laços profundos do banco de investimentos com o empresário e que foi preso acusado de pedofilia. Ele foi encontrado morto em sua cela numa prisão de Nova York.