A Justiça americana negou o pedido de fiança da socialite britânica Ghislaine Maxwell e disse que ela ficará presa até o julgamento, marcado para 12 de julho de 2021.
Acusada de tráfico sexual de menores, ela disse ser inocente em uma videoconferência nesta terça-feira (14) perante à corte de Nova York, que durou duas horas e vinte minutos.
A juíza Alison Nathan não aceitou a proposta de um título de US$ 5 milhões, que seria assinado por duas de suas irmãs, mais uma garantia de US$ 3,75 milhões em propriedades no Reino Unido.
A defesa argumentou que ela ficaria confinada em “um hotel de luxo” em Nova York, entregaria seus passaportes e poderia ser monitorada por GPS.
Mas, a juíza entendeu que a fiança representaria um risco de fuga, citando seus laços “substanciais internacionais” e “recursos financeiros extraordinários” (ela tem uma fortuna de mais de US$ 10 milhões).
Ao ouvir a determinação da Justiça, a ex jet setter, hoje com 58 anos, abaixou a cabeça e chorou.
Ela é acusada de aliciar garotas com idade de 14 anos e levá-las para o seu então namorado Jeffrey Epstein, um milionário pedófilo, entre 1994 e 1997, em seus paraísos de luxo. Ele se enforcou na prisão enquanto aguardava julgamento em agosto de 2019.
Se for condenada, Maxwell pode pegar uma pena de 35 anos de prisão. Ela está no Centro de Detenção Metropolitana, uma fortaleza no Brooklyn.
Ali, ela recebeu roupas de papel para que não atente contra a própria vida e está sendo monitorada de perto na cela. O Departamento de Justiça quer garantir que não se mate, como fez seu ex-namorado, também acusado de tráfico sexual de menores.