O Facebook anunciou que estão liberadas as postagens sobre a investigação determinada por Joe Biden para apurar se o vírus da covid-19 teve origem no laboratório de Wuhan. Até então, elas estavam sendo removidas e tratadas como “desinformação”.
Essa medida provocou severas críticas à plataforma de mídia social e sua tentativa de sufocar a liberdade de expressão.
As críticas também não pouparam o chefe de política global de Mark Zuckerberg, Nick Clegg, ex-parlamentar britânico e líder liberal-democrata.
Alguns o chamaram de “fraco” por permitir meses de censura sobre o assunto na rede social.
Esse comportamento foi classificado de “desprezível” e alguns chegaram a afirmar que eles respeitassem a liberdade de expressão em vez de “insinuar-se” em um país com o a China, que proibiu o site, mas continua sendo um mercado de US$ 5 bilhões em anúncios, segundo o jornal Daily Mail.
Ouvido pelo jornal britânico, o parlamentar conservador Peter Bone disse:
“Parece-me que o Facebook não é uma plataforma aberta para as pessoas manifestarem suas opiniões, mas apenas para as que expressem seus pontos de vista desde que concordem com a plataforma. Suas decisões são baseadas em política, não em princípios”.
Em fevereiro de 2021, o Facebook decidiu que iria “remover” quaisquer postagens que alegassem que o coronavírus foi ‘feito pelo homem’ ou que o vírus foi ‘criado por um indivíduo, governo ou país’ – marcando-o como ‘desinformação’ e uma ‘alegação desmascarada’ que exigia ‘ação agressiva’ dos moderadores.
Porém, nesta quarta-feira (26) voltou atrás poucas horas depois da determinação de Biden às agências de inteligências de apresentarem em 90 dias o resultado da investigação sobre a origem do vírus. O presidente ainda pediu transparência à China.