Depois do colapso na economia mundial, muitos países começam a descobrir que o ficar em casa, fechando todas as empresas de serviços não essenciais, surtiu pouco efeito no combate ao coronavírus.
Pesquisadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, agora dizem que flexibilizar o lockdown, permitindo que algumas empresas reabram, pode ser o primeiro passo para facilitar o bloqueio do vírus no país.
Esses novos estudos agora questionam se o bloqueio total da Grã-Bretanha, iniciado em 23 de março, foi realmente necessário. O país tem mais de 30 mil mortes e 200 mil casos confirmados, assumindo a primeira posição no continente europeu.
Outros cientistas importantes dizem que o surto de covid-19 do país atingiu o pico e começou a declinar antes do início do bloqueio oficial, argumentando que as medidas draconianas de fechar tudo estavam erradas.
O uso do transporte despencou e a orientação para que os britânicos trabalhassem em casa sempre que possível, saindo só em casos essenciais, foi eficaz o suficiente.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que também foi vítima do coronavírus e se salvou, disse que a partir de segunda-feira (11) começará a flexibilizar a quarentena.
O governo estaria pronto para abandonar sua orientação de fique em casa por fique seguro com um plano em cinco etapas, diz o jornal Daily Mail.
O pesquisador sueco, Johan Giesecke, disse que não há como parar a pandemia e que todos serão expostos ao vírus mais cedo ou mais tarde. A Suécia não decretou bloqueio e saiu praticamente ilesa da crise.
Nova York, que tem o maior número de infectados dos EUA, também descobriu que o isolamento não consegue evitar o contágio.
O governador Andrew Cuomo, que decretou lockdown total no estado, descobriu que a medida foi pouco eficaz: 84% dos moradores infectados estavam em casa e 66% dos pacientes internados, também.
No Brasil, desde o início da pandemia infectologistas, como o médico Osmar Terra, também defenderam que o isolamento total seria ineficiente para evitar o contágio. Foram apedrejados pela mídia.
O país acabou fisgado por uma rede gigante de interesses políticos nefastos e uso indevido dos recursos públicos, como super faturamento de obras para a construção de hospitais e contratos ilícitos para compra de equipamentos médicos.
Mais uma vez, a velha prática da corrupção e do oportunismo político atingiram o pico. Ambos são muito mais letais ao Brasil do que o coronavírus.