A Grã-Bretanha vai entrar em novo lockdown a partir da próxima quinta-feira (5), conforme a imprensa britânica havia antecipado. O anúncio foi feito neste sábado (31) pelo primeiro-ministro Boris Johnson.
Segundo ele, “as medidas draconianas” são a única maneira de evitar “as previsões sombrias” das autoridades de saúde de 85 mil mortes neste inverno, lotando a rede de hospitais antes do Natal.
Ele admitiu que “não tinha ilusões sobre como seria difícil a ação”. O bloqueio determina que as lojas não essenciais fechem até o início de dezembro na Inglaterra, assim como bares e restaurantes, apesar do “impacto já devastador” sobre o já deficiente setor de hospitalidade.
Até o dia 2 de dezembro, os britânicos não deverão sair de casa e viajar, exceto por motivos especiais, como trabalho que não pode ser feito remotamente, e para fazer exercícios.
Mas, as escolas e universidades devem permanecer abertas, apesar dos sindicatos alertarem que são a chave para a disseminação.
Segundo as autoridades, 326 mortes no Reino Unido foram declaradas neste sábado, quase o dobro da semana anterior.
No entanto, as infecções caíram 5% em relação à semana anterior, um eventual sinal de que a contaminação já pode estar diminuindo.
A medida já está sendo muito criticada.
“Boris Johnson apresentou um show de terror de helloween no horário nobre da TV na noite passada”, publicou o The Sun.
Para o tablóide britânico, pequenos negócio já muito prejudicados no primeiro isolamento, serão atingidos fortemente, mais empresas irão à falência e mais empregos serão perdidos.
O jornal diz também que os prejuízos do lockdown serão de 1,8 bilhão de libras por dia (cerca de U$ 2,3 bilhões) no país.
Definitivamente, os grandes líderes mundiais não sabem como lidar com esse vírus.