O cenário é desolador para os shopping centers do país: 84% dos lojistas já demitiram desde o início da crise deflagrada pela pandemia, em 2020, e 53% temem por um fechamento definitivo de seus negócios e novas demissões.
Esses números constam da última pesquisa feita pela ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), que representam 9 mil pontos de venda no país.
Apenas um terço dos entrevistados (35%) ainda segue confiante na recuperação das vendas pós-pandemia.
Por outro lado, “medidas de ampliação do crédito não chegaram de maneira uniforme aos empreendedores pequenos, que representam 70% das lojas em um shopping”, diz Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.
A maioria dos lojistas (87%) diz não ter registrado nenhum aumento na circulação de clientes desde o início do ano.
Nos estados em que os shoppings estão funcionando, o ticket médio de compra é de R$ 220, uma queda de 37% em relação ao mesmo período de 2019.
A ALSHOP também atribui a queda no valor do ticket médio ao tempo menor que hoje os clientes permanecem nos centros de compra.
Antes da pandemia, um consumidor ficava em média 90 minutos no shopping. Hoje faz compras em 30 minutos.
Outra questão preocupante foi o aumento do ICMS em produtos e combustíveis e varejo.
Em São Paulo, que concentra boa parte da produção e das vendas no varejo do país, o aumento de impostos tornaram as compras mais caras.
Por isso, a associação está pedindo ao poder público, especialmente ao governo paulista, que pelo menos o aumento do imposto seja revogado enquanto os lojistas permanecem com suas portas fechadas.