O Brasil tem o segundo Banco Central mais “verde” do mundo por adotar medidas concretas, como taxas de juros mais baixas em empréstimos para projetos de combate à poluição.
A informação é do grupo Positive Money, do Reino Unido, que classificou os bancos centrais e supervisores financeiros dos países do G20, baseando-se nas medidas que tomam para combater as mudanças climáticas.
Apenas três deles foram classificados: China, Brasil e França, informa a agência Reuters.
O estudo, com certeza, vai surpreender aqueles que acusam o Brasil por destruir a Amazônia. A China, por sua vez, é o país mais poluído do mundo.
Porém, os autores do estudo argumentam que os criadores de políticas financeiras de ambos os países agiram bem mais cedo, porque enfrentaram ameaças ambientais maiores.
“Isso torna os impactos e riscos ambientais mais imediatamente visíveis e relevantes para seus banqueiros centrais e supervisores, e pode resultar em um ímpeto maior para tornar seus processos de formulação de políticas mais verdes”, diz o Positive Money.
No relatório, o Brasil se destaca por restringir financiamentos para expansão de lavouras na Amazônia e outras regiões vulneráveis.
A França por pouco ultrapassou seus membros da União Europeia, conquistando o terceiro lugar, graças aos pontos extras ganhos por meio de sua própria política climática de grandes bancos e seguradoras.
Essa política francesa se soma às medidas tomadas pelo Banco Central europeu, que passou a exigir que os bancos levassem em conta as mudanças climáticas ao conceder empréstimos e considera a adoção de um viés verde em suas compras de títulos.