Milhares de brasileiros saíram às ruas neste domingo (17) com uma pauta específica: pedir o impeachment do ministro do STF, Gilmar Mendes, considerado hoje o inimigo número 1 do país.
Apesar de ser um final de semana com feriado prolongado, mais de 200 cidades fizeram manifestações ao longo de todo o dia. A avenida Paulista não desapontou: por volta das 16h estava absolutamente lotada.
No Rio, a praia de Copacabana foi tomada por uma onda verde e amarela. O mesmo aconteceu nas principais capitais do Nordeste. Salvador, Recife e Fortaleza também mostraram que não aceitam mais a volta da impunidade.
Em Brasília, a Praça dos Três Poderes ficou lotada e um grupo ocupou a frente do STF. No Sudeste, a situação se repetiu e até mesmo quem estava curtindo o feriadão na praia se engajou, aplaudindo a faixa estampada no céu do Balneário Camboriú: “Lula ladrão o seu lugar é na prisão.”
De todas as manifestações realizadas em 2019 – e não foram poucas – esta teve uma característica muito peculiar: o Brasil não quer mais Gilmar Mendes. E agora?
Boneco gigante de Gilmar Mendes na av. Paulista |
O pedido de afastamento de um membro da Suprema Corte mostra claramente que a Nação continua clamando por mudanças e não aceita mais a impunidade, assim como decisões monocráticas impostas por ministros que insistem em derrubar a Lava-Jato, como é o caso de Gilmar Mendes.
Durante toda a semana, o pedido de impeachment de Gilmar bateu recordes de postagens nas mídias sociais. Foi o principal assunto do Twitter e movimentou o Facebook.
Na quinta-feira, véspera do feriado, o movimento ganhou força com a notícia de que o presidente do STF, Dias Toffoli, havia requisitado ao Banco Central 600 mil nomes de empresas e pessoas físicas que constavam do serviço de inteligência financeira (o antigo Coaf).
Já bastante indignados com a derrubada da prisão em segunda instância pelo STF, o que está abrindo as portas das prisões para os condenados por corrupção pela força-tarefa, os brasileiros lutam desesperadamente para que esse quadro se reverta.
É pressão por todos os lados: nas ruas, no Congresso para que os parlamentares façam uma lei que estabeleça novamente a prisão em segunda instância, e nas redes sociais, hoje o mais expressivo meio de comunicação.
Aos que ainda acham que o Brasil voltará ao antigo patamar de conformismo com a corrupção e a velha política, vale lembrar que todo o poder emana do povo.
E ele resolveu exercê-lo com maestria!