A China demonstrou ao mundo nesta terça-feira (1º) sua “vitória decisiva” contra o coronavírus reabrindo mais de 2,8 mil escolas em Wuhan, o primeiro epicentro da epidemia.
Cerca de 1,4 milhão de alunos, incluindo os do jardim da infância, retornaram às aulas para o início do semestre. As autoridades chinesas elogiaram os esforços do país para combater o vírus.
Wang Dengfeng, um oficial do Ministério da Educação, disse que a China “alcançou uma vitória decisiva contra o vírus após interromper com sucesso a transmissão em grande escala e retomar a economia do país.”
Estima-se que cerca de 280 milhões de estudantes em toda a China retornem às escolas e universidades este mês.
Xinjiang, no noroeste do país, é a única região que ordenou aos alunos iniciarem o ano letivo online depois de ver um aumento de casos de coronavírus nos últimos meses.
A mídia estatal divulgou imagens de milhares de estudantes hasteando a bandeira chinesa – uma rotina diária em todas as escolas públicas – apesar dos avisos para evitar reuniões em massa. Também não usavam máscaras.
Enquanto o mundo começou a parar em março, a vida em Wuhan, na província de Hubei, vinha voltando ao normal desde abril, quando o lockdown foi suspenso.
Não houve também, segundo informações oficiais, nenhuma nova transmissão local do coronavírus desde 18 de maio.
Números do governo chinês mostram que Wuhan foi responsável por 80% das mais de 4,6 mil mortes pelo coronavírus no país e teve um rígido bloqueio por mais de dois meses.
A situação da China, com tudo “normalizado”, deixa muitas perguntas sem respostas:
1) Por que um país com mais de 1,4 bilhão de habitantes concentrou o surto de covid-19 em basicamente uma província?
2) Por que Wuhan teve um isolamento de dois meses e não houve segunda onda, a exemplo do que vem ocorrendo em outros países, que até agora não conseguem voltar à normalidade?
3) Por que no país ninguém condicionou o fim do isolamento à vacina, aquela que está sendo testada nos brasileiros?
Para refletir…!