Ganharam repercussão internacional as gravuras ruprestes milenares expostas pela seca do rio Amazonas. Com o baixo nível da água, surgiram rostos humanos esculpidos nas rochas.
As imagens apareceram nas confluências dos rios Negro e Amazonas, no sítio de Lajes, próximo a Manaus. Arqueólogos estimam que elas tenham sido feitas entre mil e 2 mil anos atrás.
Essas esculturas, retratando água, animais e rostos humanos são conhecidas como Caretas.
![]() |
Fotos Reprodução |
“As gravuras são pré-históricas, ou pré-coloniais. Não podemos datá-las com exactidão, mas com base nos indícios de ocupação humana da área acreditamos que tenham cerca de 1000 a 2000 anos”, afirmou Jaime Oliveira, do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
O arqueólogo Carlos Augusto da Silva, da Universidade Federal do Amazonas, acredita que essas gravuras em pedra foram feitas aos poucos pelos povos amazônicos antigos.
A cada descida mais severa do rio, os povos reutilizavam os orifícios feitos nos blocos como oficinas, disse Silva em entrevista ao site Amazônia Real.
Eles faziam ferramentas de corte para o seu dia a dia e usavam as gravuras como meio de comunicação. Uma única rocha encontrada no sítio das Lajes tem 25 conjuntos de amoladores, afirma.
Para Jaime Oliveira, do IPHAN, essas gravuras indica que períodos de seca severa já eram enfrentados pelos povos antigos da região. Isso porque as imagens nos leitos fluviais sugerem que o rio poderia estar seco ou ser até mesmo inexistente naquele local.