A morte de Rita Lee, a cantora que embalou várias gerações de brasileiros, é nesta terça-feira, 9 de maio, o assunto mais comentado do país. Ela morreu na noite de segunda-feira em sua casa em São Paulo. Tinha 75 anos e perdeu a batalha contra o câncer.
O velório, aberto ao público, será nesta quarta-feira (10), no Planetário, em São Paulo. E o corpo será cremado, como era o seu desejo.
O anúncio foi feito no início da tarde pelo marido Roberto de Carvalho na conta oficial da cantora no Instagram e as homenagens inundaram a mídia e a internet. No Brasil tão polarizado, Rita é unanimidade.
Difícil achar quem não goste ou que não tenha dançado ao som de uma de suas músicas. Difícil dizer adeus a uma mulher tão cheia de vida.
Rebelde, irreverente, debochada, talentosa, falava o que sentia e que não se deixava intimidar por rótulos. “A vida é curta e eu sou grossa”, escreveu em um de seus tweets.
Difícil mesmo falar em morte quando o assunto é Rita Lee. Ela teve uma vida intensa. Cantou, compôs, dançou, quebrou paradigmas, fez muito sucesso e passou quase cinco décadas ao lado de seu grande amor.
“NÃO QUERO LUXO, NEM LIXO
MEU SONHO É SER IMORTAL, MEU AMOR”, Rita Lee.
Ela surgiu no cenário musical do país nos anos 1960 com a banda Os Mutantes na onda do tropicalismo e logo ganhou destaque nos grandes festivais de MPB da TV Record.
Mas, foi em sua carreira solo que Rita se consolidou como a rainha do rock brasileiro.
E a parceria com Roberto de Carvalho fez toda a diferença. Eram apaixonados um pelo outro e a cumplicidade do casal se transformava em hits. Assim, surgiram Mania de você, Lança-perfume e tantos outros sucessos da dupla.
Rita e Roberto se conheceram no início da década de 1970 e ficaram por quase 47 anos casados. Parceiro de todos os momentos, ele cuidou dela até o final. Juntos, tiveram três filhos, uma coleção de sucessos e uma legião de fãs.