MUNDO COVID: É HORA DE VIAJAR AO EXTERIOR?

   Viajar é um dos maiores prazeres da vida, mas é preciso hoje ter coragem, paciência e estar preparado (inclusive financeiramente) para inúmeros desafios, se você decidir cruzar fronteiras. 

  A situação é tão dramática que o Departamento de Estado dos EUA está incentivando os americanos que viajam ao exterior a ter um plano B, estando preparados para exigências de quarentenas e testes, em meio à disseminação da variante Ômicron, muito contagiosa, embora de sintomas mais leves.

  “Cidadãos dos EUA que optam por viajar internacionalmente devem estar cientes de que podem enfrentar desafios inesperados relacionados à covid ao tentarem retornar ao país ou se locomoverem de um local a outro no exterior”, diz o departamento em seu último comunicado.

  Por isso, “devem fazer planos de contingência, pois podem ter que permanecer em um país estrangeiro por mais tempo do que o planejado, o que será por conta própria”, acrescenta a nota. 

  O governo americano recomenda ainda que as pessoas comprem um seguro de viagem internacional que inclua o cancelamento da mesma devido à pandemia e cobertura médica no exterior para evitar grandes complicações financeiras.

  A nova cepa, surgida na África Austral e que foi comunicada à Organização Mundial da Saúde em 24 de novembro de 2021, rapidamente se espalhou pelo mundo.

  Somente nos EUA, responde por cerca de 58,6% de todos os casos, sendo que em certas regiões do país, como Nova York e Nova Jersey, esse índice chega a quase 90%.

   Os viajantes internacionais e cidadãos americanos que retornam do exterior, agora precisam fazer o teste um dia após o embarque.

   Além do teste antes da chegada, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) também recomendam que os viajantes totalmente vacinados façam novo teste entre três e cinco dias após o retorno do exterior e auto monitoramento para sintomas de covid na volta de uma viagem doméstica.

  E tem mais: devem ficar em quarentena por sete dias, mesmo se o teste for negativo.

  Como se não bastassem todas essas novas regras sanitárias, há também o cancelamento inesperado de voos. Nas festas de final de ano, cerca de 4 mil voos foram cancelados no mundo. Assim, o passageiro deverá ficar no destino, pagando do seu próprio bolso. 

  Na Europa e em outros países, a situação também está bem complicada, com bloqueios no comércio, inúmeras restrições, exigências de testes e muitos protestos contra os certificados de vacina.

  Portanto, se a sua viagem não for por motivo essencial, melhor mesmo ficar no próprio país, porque passar férias no exterior com esse cenário caótico é um mergulho no estresse.