A nova série da Netflix sobre Cleópatra, mesmo antes da estreia, já provoca a maior confusão.
Queen Cleopatra é estrelada pela atriz negra britânica Adele James, de 37 anos, que faz o papel da rainha egípcia.
O trailer, mostrado na semana passada, provocou reações furiosas por apresentar a visão de alguns historiadores afirmando que Cleópatra era negra e tinha os cabelos cacheados.
Um dos historiadores afirma: “Lembro-me de minha avó dizendo para mim: não me importa o que dizem na escola, Cleópatra era negra.”
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Já o advogado egípcio Mahmoud al-Semary entrou com um processo no Ministério Público exigindo medidas legais para bloquear o acesso à Netflix no país.
Ele argumentou que o documentário trazia conteúdo que violava as leis da mídia do Egito e acusou a Netflix de tentar “promover o pensamento afrocêntrico, que inclui slogans e textos destinados a distorcer e apagar a identidade egípcia”.
Segundo o ministro das Antiguidades, os únicos governantes do Egito negros foram os reis kushitas da 25ª dinastia (747-656 AC).
“A Netflix está tentando provocar confusão ao espalhar fatos falsos e enganosos de que a origem da civilização egípcia é negra”, disse.
Talvez os egípcios prefiram a Cleópatra de pele branca e olhos azuis interpretada pela atriz inglesa Elizabeth Taylor, que contracenou com Richard Burton, no papel de Marco Antônio, um épico de 1963.
Esta não é a primeira vez que filmes sobre a história de Cleópatra provoca reações.
Há três anos, a eventual interpretação da rainha egípcia pela atriz israelense Gal Gadot (famosa por sua atuação em Mulher Maravilha) também provocou reações.
Os críticos insistiam que o papel deveria ir para uma atriz egípcia ou africana.
A nova série terá quatro temporadas, explorando o legado e a vida da mulher que comandou o Egito de 51 a 30 aC.
Será que a cor da pele é tão importante assim? Nem a rainha do Egito escapa do racismo!