O DECOTE DA DEPUTADA PAULINHA: PRECONCEITO OU FALTA DE ELEGÂNCIA?

    Você provavelmente viu a polêmica sobre o look da deputada Ana Paula Silva (PDT), mais conhecida como Paulinha, que foi à sua cerimônia de posse, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina com um macacão vermelho super decotado complementado por um blazer no mesmo tom, só que aberto.


   E a internet não perdoou. As fotos viralizaram nas redes sociais e ela foi alvo de críticas, tanto por parte dos homens quanto das mulheres, muitos delas debochadas e bem ofensivas. 


    Paulinha não é nova na política. Já exerceu dois mandatos como prefeita de Bombinhas, e agora foi eleita com mais de 51 mil votos, o que demonstra sua popularidade entre os eleitores. Então, por que tomou posse vestida para matar? 
   
    Difícil entender o que se passa na cabeça de algumas mulheres em momentos importantes de suas vidas profissionais, em que devem se destacar pelo trabalho, pela postura – e não pela roupa.


   Há ocasiões que pedem mais formalidade, certa discrição  e noções de etiqueta para não destoar dos demais convidados ou até mesmo chocá-los. Uma executiva não vai à uma reunião com roupas decotadas ou sensuais. Já o que ela usa fora do trabalho, é problema dela.


  A parlamentar justificou dizendo que sempre usou roupas justas, que é o seu estilo etc. “Quero ser feliz acima de todas as coisas. E isso implica me apresentar para as pessoas como eu sou. Acho que esse preconceito precisa ser desconstruído. E no ambiente da política, a presença esmagadora de homens nos faz encolher, retroagir.”


   Advogados dizem que legalmente ela não infringiu o decoro parlamentar e que pode até mesmo processar, por injúria e difamação, aqueles que a ofenderam nas mídias sociais. Para o presidente da Assembleia Legislativa, a roupa estava adequada à cerimônia, cujo convite pedia traje a passeio. 


    Cada um é livre para se vestir como quiser e ninguém precisa abrir mão de sua personalidade. Porém, os que entram para a política devem ter em mente que estão no plenário representando quem os elegeu. Não se trata de preconceito – a palavra mais usada nestes tempos politicamente corretos para justificar o que está fora do tom!