Os Jogos Olímpicos de Tóquio já entram para a história como a versão mais diferente de todas: a alegria do esporte foi ofuscada pela pandemia. Tem muita gente preocupada!
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo para que o mundo não esqueça que a realidade mudou.
“Quando a chama olímpica for extinta, dia 8 de agosto, mais de 100 mil pessoas morrerão”, disse ele, que está em Tóquio para assistir aos jogos.
Tedros acrescentou que “a pandemia é um teste, mas o mundo está falhando e quem pensa que ela acabou vive em um paraíso de tolos”.
O fato é que os casos crescem globalmente, inclusive no Japão. A capital Tóquio registrou na quarta-feira (21) o maior aumento diário de novas infecções desde janeiro.
Houve muita polêmica sobre a realização dos jogos, que deveriam ter ocorrido em 2020, mas organizadores decidiram arriscar.
O número de casos ligados aos jogos somam 91, envolvendo atletas e oficiais.
Cerca de 11 mil competidores de 200 países deverão aterrissar em Tóquio nos próximos dias. Mas, os jogos não terão público para evitar aglomeração, algo inédito na história das Olimpíadas.
DEMISSÃO NA VÉSPERA
Nesta quinta-feira (22), véspera da cerimônia oficial de abertura, o diretor do espetáculo, Kentaro Kobayashi, foi demitido.
O motivo foi a divulgação recente de uma filmagem da década de 1990, na qual ele parece fazer piadas sobre o Holocausto.
O chefe do comitê olímpico do Japão, Seiko Hashimoto, divulgou o vídeo dizendo que ele ridicularizava “fatos dolorosos da história”.
Hashimoto, em nota, falou sobre a demissão: “O entretenimento não deve deixar as pessoas desconfortáveis. Eu entendo que minha escolha estúpida de palavras naquela época estava errada e me arrependo.”
Diante de uma estreia tensa, só nos resta torcer para que tudo corra bem nesta festa mundial do esporte.
Que comecem os Jogos!