ONDA INTENSA DE CALOR AFETA O CÉREBRO. O QUE FAZER?

A exaustão por calor pode causar dores de cabeça persistentes, confusão mental, tontura, falta de coordenação ou até mesmo um quadro de insolação  

Sofrendo com a onda de calor intensa que atinge boa parte do Brasil neste janeiro de 2025? Pois saiba que o seu cérebro também sente os efeitos e sofre bastante. Temperaturas muitos altas podem afetar a concentração, a memória e até mesmo o equilíbrio emocional. Isso porque o cérebro é extremamente sensível às variações de temperatura corporal.

Assim, podem ocorrer dores de cabeça persistentes, confusão mental e até mesmo um quadro de insolação devido ao excesso de calor. É preciso prestar atenção porque esses sintomas exigem intervenção médica imediata. O alerta é do neurocirurgião Fernando Gomes, professor da Faculdade de Medicina da USP.

“O calor intenso eleva a temperatura do corpo e ativa mecanismos para dissipar o calor, como a sudorese. Esse esforço extra sobrecarrega o organismo, desviando recursos energéticos que normalmente seriam destinados a funções cognitivas, como foco e tomada de decisões”, afirma.
 

Outra consequência de muito calor no organismo é a circulação sanguínea. Segundo o médico, “com a vasodilatação periférica para liberar calor, menos sangue chega ao cérebro, o que pode causar sensação de cansaço, dificuldade de concentração e até tontura em casos extremos”.
 

A falta de hidratação também desempenha um papel crucial. “A desidratação pode reduzir o volume sanguíneo, prejudicando o fornecimento de oxigênio e nutrientes ao cérebro. Isso impacta diretamente funções cognitivas como atenção e memória de curto prazo”, diz.

Ele ainda ressalta que, em períodos prolongados de calor, pode haver um aumento nos níveis de fadiga mental, tornando as pessoas mais propensas a erros e decisões impulsivas.

Cuidar do cérebro em dias de calor intenso não é apenas uma questão de conforto, mas de saúde. “O cérebro é nosso órgão mais complexo e sensível, e proteger sua funcionalidade é essencial para mantermos nosso desempenho e bem-estar mesmo sob condições adversas”, conclui o especialista.
 

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