A seleção brasileira perdeu dois gols nesta terça-feira (19) na Copa América, empatando em 0 x 0 com a Venezuela. Porém, no mesmo horário, o Programa do Ratinho, no SBT, marcou dois golaços: teve como convidado especial Sergio Moro e fez uma ótima entrevista com o ministro da Justiça.
Ratinho perguntou tudo o que queria (e mais um pouco), com a naturalidade de quem sabe falar a linguagem das massas, sem se preocupar com o politicamente correto, muito menos esquecer sua formação de repórter policial. Habilidoso, tocou nos assuntos mais delicados do país.
Moro respondeu a quase todas as perguntas com a maestria do amplo conhecimento que tem das leis. Os únicos declínios foram sobre o time de futebol do coração, que lhe deixou até corado, e a última capa da revista Veja, cujo o título é Desmoronando. “Prefiro não comentar”.
O apresentador quis saber como ele se sentia diante do ataque cibernético ao seu telefone e o acesso a mensagens particulares da Lava-Jato trocadas com os procuradores da República. Moro repetiu o que vem dizendo desde o início do caso. “Foi um ataque criminoso às instituições”.
Daí, Ratinho indagou ao ministro o que boa parte da mídia não teve a coragem de perguntar:
– A internet diz que existe um milionário russo financiando um jornalista famoso, que é casado com um deputado, por trás desse ataque. Não entendo nada, nem sei se é fake news. Apenas mandaram isso para mim isso. O que pensa a respeito?
– Não tenho dúvida de que o Brasil foi vítima de um crime em andamento, organizado profissionalmente. Não pense que o autor é um jovem mexendo no seu computador. Recebi três ligações do meu próprio número. E ainda tentaram despistar o serviço de inteligência, gravando uma conversa dos procuradores depois que o caso foi revelado”, disse Moro.
Muito falante, risonho e à vontade, o ministro não pulou sequer as perguntas sobre a vida pessoal (de novo ficou vermelho de vergonha): – Quem manda lá em casa? Moro tentou sair pela tangente: – Ela é uma ótima companheira, eu amo a minha esposa”. Ratinho insistiu: “Quem manda”? – Digamos que ela seja uma ditadora benevolente”, brincou Moro.
Assim, entre uma gargalhada e outra, falaram sobre crime organizado, superlotação dos presídios, a situação do Rio de Janeiro, liberação da maconha, tráfico de drogas, fim da impunidade, a manifestação a favor do governo e da Lava-Jato do próximo dia 30 e a redução dos homicídios, entre muitos temas.
Moro diz que há solução para tudo, inclusive para os mais graves problemas, desde que a lei se estabeleça e sabe exatamente o que fazer para mudar tudo isso. O ministro só não pode combater, de imediato e legalmente, àqueles que não o querem trabalhando a favor do Brasil. São muitos!
#sergiomoro