OUTRAS VÍTIMAS DE JEFFREY EPSTEIN MOVEM NOVO PROCESSO EM NOVA YORK!

   Surge mais um processo contra o pedófilo Jefrrey Epstein já falecido. A ação denuncia que ele tinha uma sala equipada em sua mansão de Nova York, onde seus seguranças observavam cada movimento dos convidados.

  Esse sistema de vigilância monitorava o tempo todo as vítimas para garantir seu silêncio, o que incluíam ameaças, coerção e dinheiro.

  É o que está no processo, em trâmite no Tribunal Federal de Manhattan, movido por Danielle Benksy e uma outra mulher, identificada como Jane Doe 3.

  Elas estão acionando os dois braços direitos de Epstein, executores de seu patrimônio: o advogado Darren Indyke e o contador Richard Kahn.

  Segundo o processo, ambos eram “centrais e essenciais” para a rede de tráfico sexual criada por Epstein.

  “Epstein e os seus co-conspiradores muitas vezes ameaçaram diretamente a segurança e a subsistência das suas vítimas e de quaisquer testemunhas dos seus crimes”, afirma o processo.

   Elas dizem ainda que Indyke e Kahn, que eram executores do espólio de Epstein, o ajudaram a estruturar as suas finanças para dar a ele e aos seus associados “acesso a grandes quantias de dinheiro para promover o tráfico sexual”.

  E acrescentam que receberam serviços de automóveis e telefones celulares para que Epstein pudesse rastrear seus movimentos.


COMO TUDO COMEÇOU 

  Bensky relata que foi recrutada por Epstein quando era aspirante a dançarina em 2004, depois que lhe pediram que lhe fizesse uma massagem “legítima” em troca de US$ 300.

  Ela começou a receber ligações de associados de Epstein e voltou diversas vezes à mansão após se sentir intimidada pela riqueza e poder do financista, segundo a ação.

  Durante esse período, ela alega que Epstein a agrediu sexualmente em diversas ocasiões. E diz também que ele prometeu ajudar sua mãe, diagnosticada com câncer no cérebro, caso ela concordasse em contratar mais mulheres.

  Ainda segundo o processo, as vítimas afirmam que foram submetidas a ameaças e intimidações por parte de Epstein, caso denunciassem à polícia sobre os supostos abusos que sofreram.

  A história da extensa vigilância não é nova nas acusações. Uma operação do FBI já havia revelado que centenas de câmeras de segurança foram posicionadas em toda a propriedade de Epstein em Little St James, apelidada de “Ilha do Pedo”, e dentro de sua mansão em Manhattan.

  Epstein foi encontrado morto na cela de uma prisão em Nova York, em 10 de agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual. O laudo pericial apontou suicídio.

  Ele já havia sido condenado por solicitar uma menor para prostituição e sentenciado a 18 meses de prisão antes que surgissem detalhes minusciosos de sua operação de tráfico sexual.

 Muito já se falou sobre essa rede de tráfico sexual, documentos sigilosos foram recentemente tornados públicos, envolvendo nomes poderosos da elite global, mas até agora somente uma pessoa foi  condenada: a socialite Ghislaine Maxwell, então companheira de Epstein. Ela está presa em Nova York.