A ruptura de uma mina de extração de sal-gema da Braskem está prestes a acontecer e pode abrir uma cratera gigante em Maceió, a capital de Alagoas, estado que tem uma das costas litorâneas mais bonitas do Brasil.
Segundo a Defesa Civil, a mina está cedendo a uma velocidade de 2,6 cm por hora. O problema afeta cinco bairros e interfere diretamente na vida de cerca de 60 mil pessoas.
A mina 18, no bairro de Mutange, é uma das 35 que a Braskem explora na região. O seu colapso pode abrir uma cratera do tamanho do Maracanã, diz O Globo.
MANGUE EM RISCO
A Defesa Civil alerta que toda a área no entorno da região deve ser evitada, principalmente o tráfego de embarcações na lagoa de Mundaú, onde parte das minas está localizada.
Os especialistas explicam que o desabamento vai provocar o escoamento da água, lama e detritos para o interior da cratera, tornando salgada toda a água da água, afetando “de forma bastante trágica” toda a região do mangue.
PROBLEMA ANTIGO
As ameaças provocadas por essa mina foram detectadas em 2018. Até agora já foram esvaziados mais de 14 mil imóveis em cinco bairros da cidade.
A Braskem disse que está monitorando a situação da mina e “tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências.
Em nota, a empresa diz ainda que “a área de serviço da Braskem nas proximidades mina 18 está isolada desde a terça-feira e que a região já está totalmente desocupada desde 2020”.
Segundo a Braskem, “a extração de sal-gema em Maceió foi totalmente encerrada em maio de 2019 e a empresa vem adotando medidas para fechamento definitivo dos poços de sal”. A conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025.