Nos Estados Unidos, há uma espécie de contagem regressiva para a divulgação de uma lista com cerca de 200 nomes – alguns deles muito poderosos – que estariam envolvidos no processo de tráfico sexual envolvendo o pedófilo Jeffrey Epstein e sua ilha no Caribe, onde crimes contra menores foram praticados.
O pedido de 51 páginas para a divulgação dos nomes foi feito pela juiza distrital Loretta Preska, em 18 de dezembro de 2023. Ela estipulou à época o prazo de 14 dias. Daí, a grande expectativa.
Muitos aparecem na lista com codinomes que, a partir de agora, poderão ser finalmente conhecidos. Assim, o assunto ganha fôlego na mídia internacional e nas redes sociais.
A parceira de Epstein, Ghislaine Maxwell, que está presa em Nova York, afirmou na terça-feira (2), por meio de seu advogado, Arthur Aidala, que “não tem nada a dizer” sobre Epstein ou a tal lista.
A ilha de Jeffrey Epstein nas Ilhas Virgens Britânicas |
Maxwell, de 62 anos, foi condenada a 20 anos de prisão como parte de um processo por tráfico sexual, que transitou em paralelo. Ela foi acusada por Virginia Giuffre de ajudar Epstein a traficá-la como menor (tinha 17 anos na ocasião) e citou figuras influentes supostamente envolvidas.
Em entrevista dada à NewsNation, o advogado de Ghislaine Maxwell afirmou:
“Não acho que ela tenha nada para falar, exceto talvez que, se olhar para esse crime, trata-se de homens que abusam de mulheres por um longo tempo e há apenas uma pessoa na prisão, uma mulher.”
Enquanto a lista não é aberta, há vários nomes já bastante conhecidos nesse processso, entre eles o do ex-presidente Bill Clinton, já citado inúmeras vezes em reportagens sobre o caso. Há ainda figuras públicas conhecidas e estrelas de Hollywood.
O fato é que o caso Epnstein volta à tona com força total mais de três anos depois que ele foi encontrado morto em sua cela da prisão em Nova York e, que segundo autoridades, ele teria se suicidado por enforcamento.
Será que chegou a hora da verdade?