Um dos lugares mais bonitos do planeta, o Parque Nacional do Iguaçu, lar das cataratas, está fazendo o maior sucesso, aliás, merecidamente. No último mês de agosto, registrou a maior visitação de sua história: 155.780 visitantes de 115 nacionalidades.
Esse número supera o recorde anterior de 2019, ano pré-pandemia, quando 146.113 pessoas passaram pelo parque, em Foz do Iguaçu (PR). No acumulado do ano, a atração já recebeu mais de 1,3 milhão de pessoas, o que coloca o destino hoje no Brasil como referência internacional em turismo de natureza.
Mas, afinal, de onde vêm os turistas? Os brasileiros lideram o ranking com 79.659 vsitantes (51,14%) do total. Em segundo lugar, estão os argentinos (34.839) e os italianos (4.589). Paraguaios (4.212), franceses (4.200), espanhóis (4.033), norte-americanos (3.959), alemães (2.310), peruanos (1.874) e colombianos (1.184) completam o ranking.
O conjunto com mais de 275 quedas d´água, algumas de até 80 metros de altura, está entre as Sete Novas Maravilhas Naturais do mundo, sendo também Patrimônio da Humanidade pela Unesco. A visão das águas, emolduradas por belos arco-íris, é um espetáculo exuberante, difícil de ser traduzido em palavras. É preciso ver, ouvir, sentir e interagir com toda essa força irradiada pelas cataratas.

O Parque Nacional do Iguaçu abriga a maior floresta de Mata Atlântica remanescente no país, com centenas de espécies da fauna e da flora brasileiras, algumas ameaçadas de extinção, como a onça pintada, o puma e o papagaio de peito roxo. Uma trilha de 1,2 mil metros, com vários mirantes, é a melhor forma de curtir o visual das cataratas que, nos meses de verão, ganham ainda mais volume devido às chuvas.
Mesmo nos dias mais quentes, muita gente usa capas de chuva para se proteger da água que respinga. Mas, sentir esse frescor, que lembra uma chuva fina, é muito bom ao longo da caminhada, principalmente nas proximidades da Garganta do Diabo, o maior salto, com 80 metros de altura. Há um mirante bem próximo, o que torna a experiência ainda mais interativa. No final da trilha, há lojinhas de souvenirs e o restaurante Porto Canoas com bufê de comida brasileira e uma vista privilegiada para as cataratas!
Se tiver tempo, vá conhecer os saltos pelo lado argentino, na outra margem do rio Iguaçu, onde a poderosa Garganta do Diabo é vista do alto, a partir de uma passarela metálica sobre o trecho mais turbulento do rio. É preciso atravessar a fronteira, mas vale a pena. Os dois passeios se complementam, oferecendo a real dimensão desta obra única esculpida pela natureza.
PASSEIO RADICAL

Os que gostam de adrenalina vão se divertir muito no Macuco Safári. Uma lancha inflável faz manobras eletrizantes bem próximas ao salto Macuco. A sensação é de estar tomando um delicioso banho de cachoeira tamanho o volume de água que cobre o barco. Já os que preferem menos emoções a bordo podem optar pelo passeio seco, que segue o mesmo roteiro, porém à distância. Ambos são seguros, mas o primeiro, inesquecível. Afinal, não é sempre que podemos sentir as águas de Iguaçu em nossa pele.
PARQUE DAS AVES

Programa obrigatório, especialmente para os que viajam com crianças, é este parque que abriga cerca mil aves de 150 espécies, como tucanos, araras azuis e vermelhas, tucanos, papagaios e flamingos, entre outras. Boa parte delas foram resgatadas e tratadas. O melhor é que você pode vê-las bem de perto em amplos viveiros, que recriam seu habitat natural. O borboletário é maravilhoso.
Ali também vivem em plena harmonia pássaros e aves da África, da Ásia e da Austrália, além de muitos outros que são resgatados dos contrabandistas de animais.
O ápice é o viveiro das araras, no qual pode-se entrar para curtir a tremenda algazarra e os voos rasantes que elas fazem sobre a cabeça dos visitantes. É muito divertido!
ENTRANDO NO PARQUE
Para aproveitar melhor o passeio, é bom comprar o ingresso com antecedência pelo site www.cataratasdoiguacu.com.br, onde você pode escolher o dia e o horário da visita. O bilhete inclui o acesso às cataratas e a outras seis trilhas do parque.
Use roupas confortáveis, protetor solar e calçados fechados. No parque, é fundamental seguir todas as orientações de preservação: não alimentar animais, circular apenas por áreas demarcadas, não fumar e descartar resíduos corretamente.