POR QUE É PERIGOSO POSTAR SELFIE DA VACINA NAS REDES SOCIAIS?

    Virou febre entre os internautas postarem nas redes sociais fotos exibindo o certificado de vacinação contra a covid-19. Sim, as pessoas ficam felizes por se imunizarem. Só que esse tipo de selfie, acredite, é perigoso!

   E sabe por que? Porque você está expondo informações pessoais que podem abastecer os cibercriminosos para os seus futuros golpes, alertam os especialistas.

  Afinal, a foto contém nome completo, CPF, número do SUS, o local da vacinação e até a assinatura do profissional que aplicou a injeção.

  A onda da vez são as vacinas, mas é muito comum, independente da idade, as pessoas publicarem nas redes imagens de documentos pessoais, dados biométricos (como o V da vitória) e até mesmo corporativos, como a conquista de um novo emprego ou informações relacionadas a seu trabalho.

  Um estudo da Kaspersky, empresa de cibersegurança sobre os hábitos online dos usuários dos usuários revela que 40% dos brasileiros acreditam que compartilham muitas informações pessoais nas redes sociais.

   Em outra pesquisa na América Latina, a empresa descobriu que 19% se arrependem de um dia ter postado algo na internet com informações pessoais, como a sua localização, família ou trabalho.

  Dados biométricos são as características biológicas ou físicas que podem ser usadas para identificar indivíduos, como impressões digitais, reconhecimento facial ou até mesmo varreduras de retina.

  Hoje, essas ferramentas são as mais utilizadas para acessar smartphones, tablets ou computadores, e também contas bancárias ou serviços, como imigração, entre outros.

  

   “Ainda que existam muitos fatores que devem ser atendidos para obter nossa impressão digital a partir de uma selfie, como resolução de imagem, proximidade e iluminação, as câmeras de celular estão cada vez melhores e não há razão para arriscar”, diz Fabio Assolini, analista sênior de cibersegurança da empresa.

  Outra dica é jamais publicar uma foto com o crachá da empresa porque pode gerar problemas de segurança. Ou seja: os criminosos podem copiá-lo e se passarem pelo dono do crachá para cometer fraudes.

   Segundo o especialista, o compartilhamento de selfies com identificações oficiais pode resultar em informações sensíveis nas mãos de terceiros.

   Investigação recente da Kaspersky revela que documentos de identidade, carteiras de motoristas e passaportes são negociados na dark web por preços entre US$ 0,50 centavos e US$ 25.

  Já uma foto com documentos pode ser vendida por US$ 40 a US$ 60.


COMO SE MANTER SEGURO ONLINE

Não publique imagens de documentos oficiais para evitar que sejam clonados

Fique atento à exposição dos seus dados na internet. Se vai postar uma selfie com o V da vitória ou qualquer outro sinal, faça de uma distância considerável.

Verifique sempre as configurações dos aplicativos para minimizar os riscos que seus dados caiam na mão de terceiros sem o seu conhecimento.

Assuma o controle dos seus dados pessoais, usando aplicativos, como o Kapersky Privacy Checker para descobrir como alterar as configurações de privacidade nos serviços online, incluindo redes sociais.