PRISÃO DE SOCIALITE REABRE ESCÂNDALO DE TRÁFICO DE MENORES NOS EUA ENVOLVENDO NOMES PODEROSOS

    A prisão da socialite britânica Ghislane Maxwell, ex companheira do multimilionário americano Jeffrey Epstein, é um dos assuntos principais dos tabloides britânicos nesta sexta-feira (3) por envolver alguns nomes da aristocracia do país. 


   Maxwell foi presa pelo FBI, na quinta-feira (2) em New Hampshire, em uma casa avaliada em US$ 1 milhão, nos Estados Unidos, sob acusação de aliciar meninas menores de idade para diversão sexual de Epstein, no final dos anos 1990. Ela não era vista em público desde agosto de 2019.


                                                   Foto/Reprodução

     Epstein era um investidor financeiro que interagia com celebridades e políticos importantes ao redor do mundo. Ele foi encontrado morto, em 2019, na cela de uma prisão federal em Nova York, enquanto aguardava julgamento pelas acusações de tráfico de menores.


  O americano tinha 66 anos e, segundo a autópsia, a causa de sua morte foi suicídio por enforcamento.


   Algumas investigações se baseiam no “black book”, o famoso livro preto de Epstein que teria mil telefones e endereços de nomes poderosos, como Mick Jagger, Tony Blair, Richard Branson e até o príncipe Andrew.
   
   Os contatos da condessa Clare Hazell-Iveagh, da aristocrática família Guiness, também estariam no tal livro e nos registros dos voos do Lolita Express. E investigadores americanos agora querem ouvi-la.


Maxwell ao lado do ex-presidente Bill Clinton    Foto/Reprodução

    Segundo o jornal Daily Mail, a condessa voou no Lolita Express 32 vezes entre 1998 e 2000.  O avião ganhou o nome por transportar meninas para a ilha particular de Epstein no Caribe ou para o seu rancho no Novo México. Maxwell também foi passageira em alguns dos voos.


  Também voou ao lado de Epstein o ex-presidente Bill Clinton e Maxwell foi convidada para o casamento da filha de Clinton, Chelsea, em 2010.


   Outros passageiros do avião incluem Alan Dershowitz, um advogado que nega as acusações da acusadora do príncipe Andrew, Virginia Roberts Giuffre, de que ela foi traficada para ele por Epstein.


A condessa Clare Hazell-Iveagh que, segundo investigações, viajou 32 vezes no Lolita Express

   Hazell estudava na Ohio State University nos anos 1990, teria uma agência de modelos e um apartamento em Columbus, em Ohio, nos Estados Unidos.

  Uma amiga de Hazell, relata o jornal, diz que ela sempre estava à disposição de Epstein. Maria Farmer, uma das acusadoras do pedófilo, lembrou que a hoje condessa “gostava de tomar boas bebidas, pilhas de dinheiro e roupas bonitas”.


   Hazell ganhou o título de condessa quando se casou com Arthur Edward Rory Guinness, conde de Iveagh, em 2001, e teve um herdeiro dois anos depois.


   À época diziam que o conde era 30º homem mais rico da Grã-Bretanha, com uma fortuna avaliada em US$ 470 milhões. O casal é proprietário da Elveden Estate em East Anglia, que pertence à família Guinness desde o final do século 19.   

  ACUSAÇÕES
  Os promotores dizem que Ghislane Maxwell preparou três garotas, com menos de 18 anos, em Londres, Nova York, Flórida e Novo México, entre 1994 e 1997.


   Ela se aproximava das meninas, fazia amizade e as levava ao cinema ou às compras. Depois, as encorajava a viajar para encontrar Epstein e praticar sexo em grupo, inclusive com a sua participação.


  Maxwell pode ser condenada a 35 anos de prisão. Ela está sob custódia e nega qualquer envolvimento nos crimes de Epstein.


   Essa história ainda vai dar muito o que falar!