Pelo visto o tal “jeitinho” não é só exclusividade do brasileiro: quase 500 pessoas foram acusadas de fraudes milionárias relacionadas à covid-19 nos Estados Unidos.
A informação foi veiculada nesta sexta-feira (26) pelo Departamento de Justiça do país, que comandou uma fiscalização histórica para interromper essas fraudes, disse o procurador-geral Merrick Garland em comunicado.
O orgão acusou 474 pessoas de envolvimento em esquemas fraudulentos, que tentaram obter mais de US$ 569 milhões do governo americano em verbas emergenciais.
“Estamos comprometidos em proteger o povo americano e a integridade das linhas vitais essenciais fornecidas para eles pelo Congresso e continuaremos a responder a esse desafio”, afirmou o procurador.
O Departamento de Justiça investigou um caso no Texas envolvendo um suposto fraudador, que se inscreveu para 15 empréstimos do Programa de Proteção de Pagamentos usando 11 empresas diferentes.
Ele recebeu mais de US$ 17 milhões em empréstimos do governo, que foram usados para comprar propriedades, joias e um Bentley conversível, entre outros itens.
Na Califórnia, oito pessoas solicitaram 142 empréstimos para proteção de pagamentos e desastres econômicos avaliados em mais de US$ 21 milhões, usando identidades e empresas falsas.
Os golpistas lavaram o dinheiro por meio de contas bancárias na internet, comprando joias, títulos e imóveis, diz o governo.
Essas investigações começaram em 2020 quando o Congresso aprovou a lei Cares, de US$ 2 trilhões, em auxílios emergenciais durante a pandemia.