REPUBLICANOS PEDEM AO FACEBOOK EXPLICAÇÕES SOBRE CENSURA DE CONTEÚDO DURANTE A PANDEMIA!

    Parlamentares republicanos da Câmara dos Estados Unidos querem saber por que o Facebook censurou postagens sobre a hipótese de vazamento do vírus da covid-19 de laboratório chinês.

   A questão veio à tona depois que o CEO da plataforma, Mark Zuckerberg, apareceu na extensa lista de e-mails divulgados de Anthony Fauci, a principal autoridade médica do governo americano sobre o coronavírus.  

  Por isso, Zuckerberg foi convidado a entregar todos os documentos e comunicações entre funcionários do Facebook com o governo dos EUA.

 “As decisões de censura do Facebook não ocorreram no vácuo, e há indícios de que a plataforma pode ter tomado decisões de moderação de conteúdo em relação à covid-19 por ordem de certas políticas e posições governamentais”, afirma a carta enviada ao site.

  Os parlamentares deram a Zuckerberg o prazo de duas semanas para responder.


MILHÕES DE POSTAGENS CENSURADAS

  Quando surgiu a pandemia, em 2020, o Facebook buscou opções de controlar a disseminação de notícias falsas sobre a doença. Outras plataformas de mídias sociais também adotaram políticas próprias com o mesmo objetivo.

  Em outubro de 2020, o Facebook proibiu conteúdos que desencorajavam a vacinação e, depois, passou a remover postagens que não eram confirmadas por especialistas em saúde pública.

  Assim, foram retiradas mais de 14 milhões de “informações incorretas”, sob o ponto de vista da plataforma, entre elas envolvendo curas exageradas ou medidas preventivas ainda não avalizadas pela ciência. 

    Essa hipótese foi rejeitada de imediato e veementemente pela comunidade científica internacional, que atribuía a provável origem do vírus à transmissão de hospedeiro animal para humanos.

  Quando, há duas semanas, o presidente Joe Biden determinou à inteligência americana nova investigação sobre o caso para obter informações com mais transparência, o Facebook anunciou que não removeria mais as postagens sobre as “teorias da conspiração” envolvendo o laboratório.

  Na sequência houve a publicação  pela mídia de mais de 3,8 mil e-mails de Fauci, o que desencadeou uma série de críticas por parte dos republicanos que exigiam saber o quanto ele estava ciente sobre a pesquisa do Instituto de Virologia de Wuhan e se tinha algo a esconder.

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  Para os críticos, os e-mails mostram que Fauci foi alertado, no início da pandemia, de que o coronavírus poderia ter escapado do laboratório, mas não levou o aviso a sério.

   Eles argumentam ainda que Fauci fez parte do time que ajudou a encobrir a situação para que não fosse revelado o financiamento dos EUA para a polêmica  pesquisa de ‘ganho de função” em Wuhan, que modifica o vírus, tornando-o mais transmissível.  

  Fauci se defende, argumentando que os emails foram tirados do contexto.