Pela segunda vez em menos dois meses o ex-presidente Donald Trump conseguiu escapar ileso de uma tentativa de assassinato e nesta segunda-feira (16), Ryan Wesley Routh, que estava de tocaia, com um fuzil AK-47 apontado para Trump no campo de golfe onde o candidato republicano jogava, na Flórida, fez sua primeira aparição no tribunal de West Palm Beach.
Routh foi descoberto pelo Serviço Secreto quando os agentes federais avistaram um barril no campo de golfe e atiraram contra ele que fugiu, mas acabou sendo perseguido e preso, a 80 km do campo de golfe. Ele foi acusado pelos promotores federais de dois crimes com armas de fogo.
Seu celular foi encontrado perto da linha de árvores do campo de golfe 12 horas antes de os agentes frustrarem seu plano. Isso significa que o atirador poderia estar escondido em seu veículo antes de Trump começar a partida.
O rastreamento do aparelho mostrou que Routh estava vigiando o local e, de alguma forma, tinha conhecimento prévio de que o ex-presidente estaria jogando golfe lá no domingo, algo que não estava na agenda oficial. Como ele sabia que Trump iria jogar é a pergunta que muitos estão fazendo.
A audiêcia desta segunda-feira durou menos de oito minutos. Ele, que chegou ao tribunal com as mãos e pés algemados, não foi acusado da tentativa de assassinato, mas sim por posse de arma de fogo e por portar arma com número de série apagado.
Também ainda não foi esclarecido onde Routh obteve o rifle tipo AK-47, porque não é uma arma de fogo disponível para compra na Flórida.
Routh tem 58 anos, é natural da Carolina do Norte, mas mora em Oahu, no Havaí. Em entrevistas e posts nas redes sociais, ele aparece defendendo a Ucrânia na guerra e também teria feito doações a campanhas de democratas.
BIDEN SE PRONUNCIA
O presidente Joe Biden falou sobre a nova tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump nesta segunda-feira, durante um compromisso na Filadélfia. Ele elogiou o Serviço Secreto e se posicionou contra a violêcia política.
“Na América, resolvemos nossas diferenças pacificamente nas urnas e não na ponta de uma arma. A América sofreu muitas vezes a tragédia da bala de um assassino. Isso não resolve nada. Apenas destrói o país”, disse, acrescentando que os americanos “devem fazer tudo o que puderem para evitar isso”.