SEIS SÃO PRESOS POR ESTUPROS NOS ABRIGOS DE PORTO ALEGRE

Todas as vítimas são menores de 18 anos. Saiba como proteger as centenas de crianças e adolescentes resgatados das enchentes e que estão longe dos pais!

As enchentes no Rio Grande do Sul provocaram uma onda gigante de solidariedade no Brasil, com boa parte da sociedade civil se engajando em trabalhos voluntários ininterruptos. Mas, elas também expõem o lado mais cruel da humanidade: nesta quinta-feira (9), seis suspeitos foram presos, acusados de cometerem estupros contra menores, nos abrigos onde estão milhares de pessoas em situação de total vulnerabilidade.

Eduardo Leite, governador do estado, disse que os mais de 400 abrigos devem ganhar reforço de policiamento e reformas para que os acolhidos tenham mais privacidade. As prisões foram realizadas em locais e datas diferentes, na região metropolitana de Porto Alegre. Todas as vítimas são menores de 18 anos.

A Secretaria de Segurança Pública estadual afirmou que, pelos históricos, todas as vítimas já sofriam abusos sexuais no ambiente doméstico, havendo apenas continuidade do comportamento.

SINAL VERMELHO

As denúncias e as prisões demonstram que crianças e adolescentes – há centenas deles resgatados e que estão ainda longe dos pais nos abrigos – correm sérios riscos. Além de serem molestados pelos seus próprios familiares, como no caso dos suspeitos presos em Porto Alegre, os pequenos se tornam alvos fáceis de violência sexual e de outros crimes, como o tráfico de pessoas.

“A vulnerabilidade é o maior potencial para o abuso e tráfico de pessoas”, afirma o Instituto Basta, associação civil de direito privado e que tem como propósito trazer informação sobre violência sexual e tráfico humano.

Esse tipo de situação também é muito com um em locais de guerra ou que passaram por desastres naturais, como é o caso da Ucrânia, Israel, Gaza e Haiti. É preciso agir rápido para mostrar que as crianças não estão sozinhas e que existe uma rede de proteção, recomenda o instituto.

COMO PROTEGER OS MENORES?

Instituto Basta divulgou em suas mídias sociais atitudes muito importantes a serem tomadas com as crianças acolhidas.

  1) Se alguém se apresentar como familiar, faça uma pesquisa detalhada (pode ser inclusive nas mídias sociais) para saber da idoneidade da pessoa. 

 2) Crianças pequenas exigem sempre a presença de um adulto para irem ao banheiro. É fundamental que não haja apenas um responsável por isso. Portanto, os adultos devem se revezar nessa tarefa. 

 3) As crianças devem ser colocadas todas juntas para dormir, sempre sob a supervisão de adultos.

  E, por fim, não pense duas vezes em denunciar imediatamente, caso presencie alguma atitude suspeita. 

  O Disque 100, em que você não precisa se identificar, é um excelente serviço.

  Pode também acionar o Whatsapp dos direitos humanos: 61 99656-5008.

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