SETE EM CADA DEZ BRASILEIROS DEIXARAM DE SORRIR, DIZ PESQUISA!

    O país está triste: 7 em cada 10 brasileiros deixaram de sorrir. Depois de 15 meses vivendo entre flexibilizações, restrições, anúncios diários de mortes, bombardeio de notícias e politização da pandemia, a saúde mental dos brasileiros sente os efeitos negativos 

   Esses dados constam de um levantamento feito pela Hibou, empresa especializada em monitoramento de mercado e consumo, que ouviu 1,8 mil pessoas em maio último.

   A pesquisa revela que 79% estão estressados, 54% choram mais e outros 53% não se sentem em paz.

  E aqui o dado mais alarmante: 71% deixaram de dar risadas e a maioria (66%) está mais impaciente com outras pessoas.

   Mas, não é apenas a saúde mental que sofre os fortes impactos da nova realidade: 58,4% não estão se alimentando corretamente e consomem mais doces que, em excesso, podem prejudicar a saúde. 

  “A situação atual gerou uma hipervigilância que, somada à falta de perspectivas e prazos, tornou as pessoas mais ansiosas e com insônia. Hoje mais de 56% dos brasileiros não conseguem dormir direito, decorrência dos hábitos desregrados e dos sentimentos de incerteza que habitam essa rotina estranha”, explica Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

  Outra mudança de comportamento é o cansaço, apontado por 80% dos entrevistados. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) já classifica este momento como “fadiga pandêmica”. Além disso, 28% estão tomando remédios para ansiedade e depressão. 

  O estudo, que também avaliou os relacionamentos, aponta que 84% que estão em uma relação a dois não aumentaram a frequência do sexo e apenas 6% conseguiram iniciar um novo relacionamento. 

  Em relação ao trabalho, a situação é ainda mais complicada: 51% dos brasileiros em home office afirmam estar trabalhando mais e 58% disseram ter desistido de algum projeto.

  “O avanço da cultura empreendedora perdeu força no país. O empreendedorismo por necessidade continuou, mas as possibilidades diminuíram muito”, diz Lígia.

  A coordenadora acrescenta que a saúde financeira das empresas não suportou a primeira onda. Outros negócios surgiram como opção para o desemprego, “mas a maioria não consegue se manter”.

  Fase difícil!