Será que os bombardeios virtuais da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Palestina, vão ter uma trégua? O TikTok anunciou ter removido mais de 500 mil vídeos.
A plataforma, comandada pela chinesa ByteDance, disse ainda ter interrompido 8 mil transmissões ao vivo desde o início do conflito, em 7 de outubro.
O fato é que vêm crescendo as pressões para que as mídias sociais controlem as imagens de violência, que são compartilhadas exaustivamente nas redes.
Na semana passada, a União Europeia já havia solicitado às grandes plataformas – Instagram, Facebook e X – um monitoramento maior nos discursos de ódio e de terrorismo.
O TikTok informou ainda ter contratado uma equipe de segurança, com profissionais que falam árabe e hebraico, para desenvolver softwares que detectem e removam conteúdos considerados violentos.
Segundo a União Europeia, as mídias sociais “têm o dever de proteger as crianças e adolescentes de conteúdo violento e propaganda terrorista”.
Como eu postei aqui, está sendo muito difícil -especialmente para os pais de crianças e adolescentes – acompanhar em tempo real as cenas de guerra que são compartilhadas exaustivamente nas redes, inclusive pela chamada grande mídia.
Agora não se trata de fake news, muito menos de desinformação – termos que muitos adoram escrever para justificar seus atos ou preferências políticas. Mas, sim de cenas do mundo real que bombardeiam nossos celulares 24 horas.
Nos grandes jornais e emissoras de TV existem editores para filtrar conteúdo de noticiário. E isso não se trata de censurar opiniões, mas de algo que o jornalismo costumava praticar: bom senso.
Como as redes se transformaram em grandes portais de notícias, é de bom tom que adotem políticas, digamos assim, mais jornalísticas. Os que gostam de cenas de guerra, recheadas de violência explícita, que procurem os canais adequados.