O presidente eleito Donald Trump estampa nesta quinta-feira, 12 de dezembro, a capa da revista Time, como a Personalidade do Ano de 2024, conforme este site antecipou na quarta-feira. É a segunda vez que Trump recebe a homenagem da revista norte-americana. A primeira foi em 2016, quando chegou à presidência do país.
Depois de uma luta ferrenha para voltar à presidência, o que incluiu um atentado que quase lhe tirou a vida, o republicano obteve uma vitória avassaladora nas últimas eleições de novembro. Em entrevista a Time, feita no dia 25 de novembro, Trump abordou vários temas, incluindo a política dos EUA em relação à Ucrânia, seus planos para deportações em massa e possíveis perdões aos atos que envolveram a invasão do capitólio em 6 de janeiro de 2021.
O presidente disse discordar “veementemente” do uso de armas pela Ucrânia fornecidas pelos EUA, “o que está piorando e intensificando esta guerra”.
“Por que estamos fazendo isso? Não deveria ter sido permitido. Agora, eles não estão fazendo apenas mísseis, mas também outros tipos de armas. Acho um erro muito grande”, disse ele.
Trump refere-se à política de Joe Biden que autorizou a Ucrânia, em novembro, a usar armas poderosas de longo alcance fornecidas pelos EUA, chamadas Army Tactical Missile Systems, de dentro da Rússia. Aliás, a Ucrânia fez esse pedido por meses.
Ao longo de toda a sua campanha, Trump prometeu que, se eleito, iria acabar com a guerra. Para ele, a guerra é uma “tragédia com um número impressionante” de pessoas mortas em ambos os lados do conflito.
Outro assunto polêmico discutido na entrevista foi a deportação em massa “até o nível permitido pela lei” dos migrantes que entraram ilegalmente nos EUA. Trump disse que irá usar o exército para isso. O presidente afirmou que a imigração ilegal pode ser classificada como “uma invasão ao nosso país”.
“Quero que saiam, e os países têm que recebê-los de volta, e se não os aceitarem, não faremos negócios com esses países, e os tarifaremos muito substancialmente. Quando eles enviarem produtos, terão tarifas substanciais, e isso tornará muito difícil para eles fazerem negócios conosco”, disse.