Fecha-se o cerco contra os cartéis de drogas na América Latina: o presidente Donald Trump autorizou o envio de forças aéreas e navais para o sul do mar do Caribe. O objetivo é combater “ameaças à segurança nacional dos EUA vindas de organizações narcoterroristas na região”.
Em meio a esse cenário, Trump intensifica a pressão sobre o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Há uma oferta de US$ 50 milhões do governo norte-americano para quem capturá-lo por suas ligações diretas com os carteis. Os Estados Unidos também não reconhecem o governo de Maduro, acusado de ter fraudado as eleições. A Venezuela está localizada ao longo do mar do Caribe Meridional.
Logo após ter assumido a presidência, o Departamento de Estado dos EUA classificou a gangue venezuelana Tren de Aragua e o Cartel de los Soles como organizações terroristas.
“Há grupos narcoterroristas designados operando na região, alguns deles utilizando espaço aéreo internacional e águas internacionais para transportar veneno para os Estados Unidos, e esses grupos serão confrontados. O presidente deixou isso claro desde o início”, afirma o secretário de Estado, Marco Rubio. E ele acrescentou: “Não é um governo, é uma organização criminosa.”
A Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, acusou Maduro de colaborar com o cartel mexicano de Sinaloa, enviando “drogas mortais” e violência ao país. “Até o momento, a DEA apreendeu 30 toneladas de cocaína ligadas a Maduro e seus associados, com quase sete toneladas ligadas ao próprio Maduro”, disse a procuradora.
Na última quarta-feira (13), Bondi informou que os EUA apreenderam US$ 700 milhões (cerca de R$ 3,8 bilhões) em bens de Maduro, incluindo iates, carros, joias e até uma mansão na República Dominicana.
Ela também também defende a extradição de Maduro para cumprir sua pena nos EUA:
“Esta não é uma presidência legítima, Maduro é um narcoterrorista e deve ser trazido aos EUA para enfrentar a Justiça”, afirmou.
Nos últimos meses, Trump mobilizou forças armadas e expandiu zonas militares ao longo da fronteira com o México para combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas, com maior vigilância aérea dos cartéis mexicanos para reunir informações sobre traficantes que contrabandeiam drogas, como o fentanil, para os EUA.