O rombo é imenso no setor de turismo brasileiro: o setor perdeu R$ 65,6 bilhões desde o início da pandemia, em março de 2020, até fevereiro de 2021. E encolheu mais de um terço do seu tamanho durante a crise.
Os dados são da mais recente pesquisa da FecomercioSP. Além disso, a queda de 29,1% no faturamento de fevereiro último – R$ 9,35 bilhões – fez com que o setor completasse um ano inteiro contabilizando resultados negativos a cada mês.
As grandes perdas aconteceram no segundo trimestre de 2020, quando o turismo nacional encolheu pela metade.
A partir daí, embora tenha fechado no vermelho, as perdas tiveram patamares um pouco mais baixos.
O menor prejuízo foi registrado em dezembro, quando faturou 28,1% a menos do que no mesmo mês de 2019.
QUEM SOFREU MAIS?
O setor aéreo foi o mais impactado pelo isolamento social, perdendo mais da metade do seu faturamento (59,6%).
Com uma queda na oferta de assentos, que chegou a 34,7% em fevereiro, a tendência é que os prejuízos das companhias continuem nos próximos meses.
Em segundo lugar, estão os serviços de alimentação e alojamento, como hotéis e pousadas. Tiveram queda de 41,1% no faturamento desde o início da pandemia.
Em fevereiro, houve uma retração de 30,3%, com a taxa de ocupação de hotéis despencando 37,9%.
Por fim, os setores turísticos que mais perderam foram atividades culturais, recreativas e esportivas, que tiveram queda de 32,1% no faturamento no período.
Esses números mostram que ainda vai levar um tempo para a recuperação de um setor que estava indo bem até 2019.
Em 2017, por exemplo, o turismo nacional fechou as receitas em R$ 165,5 bilhões. O melhor ano foi 2014, quando faturou R$ 191,1 bilhões.