TURISMO BRASILEIRO PERDE R$ 55,6 MILHÕES EM 2020!

     O turismo brasileiro perdeu R$ 55,6 milhões no faturamento em 2020 em relação ao ano anterior.

     Esses números são da mais recente pesquisa da FecomercioSP. A receita de R$ 113,2 bilhões foi a pior desde 2011, quando a entidade começou a fazer os estudos. 

    A queda no faturamento representa um rombo de 33% quando comparada ao que o setor faturou em 2019.

    Com as medidas restritivas e todos em casa, o setor aéreo foi o que apresentou o maior desempenho negativo.

    Segundo a pesquisa, foi sozinho o responsável por 16,2 pontos percentuais da retração de 33% do turismo.

    No auge da pandemia, a oferta nos aviões caiu 95%, revela a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

    O segundo lugar do ranking da crise é ocupado pelos serviços de alojamento, como hotéis e pousadas, que também registraram a maior queda no faturamento: 36% a menos em comparação a 2019.

    O prejuízo é explicado pelos meses seguidos de quarentena em quase todo o país, no segundo semestre de 2020.

    Em seguida, estão as atividades culturais, recreativas e esportivas, com faturamento 27,6% menor no período; as empresas de transporte terrestre (12,9%), assim como as locadoras de veículos e agências de viagens (12,1%).

FORTE IMPACTO

   Essa retração expressiva colocou fim a um período de três anos positivos para o turismo brasileiro, cujo faturamento anual era de 1,8%.

    Em 2017, o setor faturou R$ 168,8 bilhões. Mas, o melhor ano do período foi 2014, quando o turismo teve faturamento de R$ 187,7 milhões.

   Se esse ritmo fosse mantido e não surgisse a pandemia no meio do caminho, o setor já estaria faturando cerca de R$ 230 bilhões por ano, algo como 103% a mais do que os números de 2020, diz a FecomercioSP.  

   Para a entidade, é fundamental que o governo prorrogue a lei que dispensa o reembolso imediato de eventos ou viagens canceladas, além de estabelecer regras para remarcações e cancelamentos.

   Hoje, as empresas do setor têm até 12 meses (após a data da compra) para reembolsar os clientes, o que amplia o leque de negociações.

   A entidade também recomenda que o governo federal amplie os canais de crédito com condições especiais para empresas turísticas.