O turismo nacional, um dos setores mais afetados pela pandemia, começa a se recuperar: a previsão é que encerre 2021 com alta de 16% no faturamento, estimado em R$ 151 bilhões.
A recuperação, iniciada em abril, ainda traz resultados inferiores ao período de pré-pandemia. Os dados são do Conselho de Turismo da FecomercioSP.
Os resultados mais expressivos da retomada foram registrados no transporte aéreo e serviços de alojamento e alimentação, com altas anuais de 83,9% e 61,9%, respectivamente.
Vale lembrar que ambos foram também os mais prejudicados pelas restrições sanitárias em 2020 e ainda mantêm desempenho inferior a 2019, a exemplo do que acontece com os demais.
A demanda de passageiros aéreos, que até junho era menor que 5 milhões de pessoas, ultrapassou os 6 milhões em julho e manteve-se no mesmo patamar nos meses seguintes.
A estimativa é que o transporte aéreo feche o ano com faturamento de R$ 37,8 bilhões, um crescimento anual de 30,5%.
Já o transporte rodoviário (intermunicipal, interestadual e internacional), que teve quedas modestas no início do ano, deve encerrar 2021 com alta de 9% no faturamento de R$ 17,7 bilhões.
Com o avanço da vacinação contra a covid-19 no país, as atividades culturais, recreativas e esportivas tiveram aumento de 11,7% no segundo semestre, encerrando o ano com alta de 1,9%.
A recuperação desse setor deve se consolidar em 2022 à medida que o calendário se movimente e mais pessoas circulem.
Apesar de números mais otimistas, o grande desafio do próximo ano para o setor turístico é a alta da inflação, que afeta tanto as empresas quanto as famílias.
Por outro lado, a alta do dólar continuará favorecendo o turismo doméstico. Afinal os brasileiros “redescobriram o Brasil” durante a pandemia.