Veneza pode mudar as regras para o turismo em 2022, incluindo a cobrança de até 10 euros para acesso e cotas de entrada.
Os turistas poderão ainda ter que reservar visitas com antecedência e até mesmo catracas seriam instaladas nos principais pontos de entrada ao centro histórico da cidade, publicou o jornal italiano Stampa.
Não é de hoje que as autoridades do país estudam medidas para conter o fluxo turístico em uma das cidades que até a pandemia estavam entre as mais procuradas por turistas do mundo inteiro.
Segundo o Bloomberg, a entrada em Veneza pode custar entre 3 euros a 10 euros, dependendo da estação e da hora do dia.
Porém, moradores, seus parentes e donos de hotel em Veneza estariam isentos da taxa de entrada.
Dario Franceschini, ministro da Cultura, disse que o governo decidiu agir “para evitar o risco concreto” de que a Unesco inclua Veneza em sua lista de “patrimônio mundial em perigo”.
A agência já havia sugerido a nova classificação de Veneza em julho.
Outra medida polêmica, que levou anos para ser adotada, foi a proibição, no início deste mês, de navios de cruzeiros gigantes zarparem do porto de Veneza.
Antes do coronavírus, esses navios despejavam milhares de turistas de um dia só na cidade, sobrecarregando Veneza e seu ambiente marinho.
Ambientalistas e patrimônios culturais lutavam por décadas por essas restrições, mas enfrentavam interesses comerciais poderosos porque a indústria de cruzeiros impulsionava a economia da cidade.
Mas, com a queda maciça das viagens internacionais provocada pela pandemia, os próprios moradores foram surpreendidos com as águas dos canais mais limpas e o retorno da fauna marinha.
E muitos perceberam que era preciso, sim, preservar!