Para controlar a pandemia em regiões com prevalência da variante Delta, bem mais transmissível, o intervalo entre doses de vacina de covid-19 precisa ser mais curto do que 12 semanas.
É o que sugere modelo criado pelo Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria a partir de dados preliminares da eficácia da vacina para a variante Delta.
A tecnologia, criada pelo grupo ModCovid-19 com pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Fundação Getúlio Vargas e da USP, projeta qual o melhor tempo entre doses para o controle da pandemia com base na eficácia dos imunizantes.
Assim, vacinas com menos de 50% de eficácia na primeira dose precisam de intervalos menores.
Já adiar a segunda dose é recomendado para vacinas com mais de 50% de eficácia na primeira dose.
Além disso, a tecnologia indica quando é possível adiar as doses e quando se atinge o tempo máximo de proteção.
Segundo Paulo José da Silva e Silva, co-autor do estudo, “o próprio algoritmo decide quando é melhor aplicar a segunda dose para controlar mais rapidamente a pandemia”.
A ferramenta, que está disponível online, pode ajudar nas tomadas de decisão durante o processo de imunização da população brasileira e de outros países.
E, agora com o avanço da variante Delta em algumas regiões do Brasil e do mundo, as estratégias de vacinação podem ser revistas a partir deste modelo.
Fonte: Agência Bori