Muita gente achou que 2021 seria um ano melhor para viajar, depois de ver seus sonhos de férias adiados por quase um ano. Mas, as dificuldades continuam e as exigências sanitárias internacionais se tornam mais rígidas com as novas ondas e cepas do coronavírus.
Mesmo em países com fronteiras abertas, é grande hoje o risco de você ser obrigado a passar 14 dias trancado no quarto de hotel antes de retornar ao seu destino, caso em algum momento da viagem tenha sintomas de covid ou teste positivo.
Há um clima geral de insegurança, não apenas em relação à doença, que agora sofre mutação bem mais contagiosa, mas quanto a perda de seu direito de ir e vir.
No Reino Unido, por exemplo, serão divulgadas na próxima semana leis que vão exigir do viajante um resultado negativo de teste, feito 72 horas antes de embarcarem em um avião, barco ou trem com destino ao país. A multa para quem violar as regras é de 500 libras (cerca de R$ 3,6 mil).
Caso os britânicos testarem positivo no final de suas férias ou viagens de negócios, terão que seguir as regras locais de quarentena, o que pode resultar em até 15 dias trancados num quarto de hotel em países como Itália, Espanha e Dubai.
Na Itália, os viajantes precisam mostrar dois testes negativos antes de serem liberados da quarentena de duas semanas do país. Dubai também determina isolamento de 14 dias para pessoas infectadas.
Portanto, as pessoas devem ter em mente que, se viajarem durante a pandemia, haverá interrupções e a viagem pode se tornar mais longa. E bancar duas semanas extras hospedado fora de seu país custa caro!
A exigência de testes sucessivos, e que não são baratos, poderá inviabilizar os planos de férias de muita gente.
Além disso, muitos se perguntam: será que vale a pena sair de casa para ser submetido a tanto estresse?
Há agências de viagens internacionais que discutem a inclusão de testes de covid-19 em seus pacotes.
Essa lista de exigências é um caminho sem volta e em um futuro, não muito distante, os atestados de vacinação também serão obrigatórios. Serão tão essenciais quanto o seu passaporte.
Isso significa que sem vacina, ninguém vai poder viajar e terá de se submeter às regras do país que queira visitar.
Também significa que, aos poucos, a milionária indústria de viagens deverá ser substituída por outra muito mais promissora: a da doença.