O The Wall Street Journal publicou uma grande matéria sobre a redução dos índices de homicídio no Brasil, afirmando que caíram um quinto em 2019.
“Isso reverte uma tendência violenta que assombra a maior nação da América Latina e impulsiona um político de direita para a presidência”, diz a reportagem do jornal americano.
Entrevistando o ministro Sergio Moro, o The Wall Street diz que os assassinatos caíram cerca de 20% este ano até junho em comparação ao mesmo período de 2018.
“Nossa expectativa é que essa tendência continue e é para isso que estamos trabalhando”, disse Moro, que lidera os esforços de combate ao crime do presidente Jair Bolsonaro desde que assumiu o cargo em janeiro. A taxa de homicídios no Brasil de 27,5 por 100 mil habitantes permanece alta, mas agora está abaixo da do México, afirmou o jornal.
Ainda segundo a reportagem, “especialistas em crimes atribuem o declínio em grande parte a uma trégua na sangrenta guerra entre as maiores quadrilhas de traficantes do Brasil, violência que em 2017 gerou 64 mil assassinatos, o mais alto já registrado e o maior para qualquer país do mundo.”
A matéria cita ainda as estratégias do governo (leia-se Sergio Moro) para isolar e transferir os traficantes presos, “que frequentemente administram empresas criminosas de dentro da prisão”, como um fator impactante para a redução da criminalidade.
“Enquanto isso, a Polícia Federal tem como alvo agressivo a lavagem de dinheiro por grupos criminosos violentos, enfraquecendo-os, dizem os pequisadores”, revela o jornal.
AUGE DO CRIME
“O pico da crise de homicídios no Brasil em 2017 ocorreu no momento em que o país se recuperava de sua maior investigação de corrupção de todos os tempos, que abriu o caminho para a vitória no ano passado de Bolsonaro – um ex-capitão do Exército que prometeu restaurar a ordem”, explica a reportagem.
E prossegue: “Bolsonaro escolheu como seu ministro da Justiça Moro, um ex-juiz que liderou a investigação sobre corrupção no Lava-Jato, enquanto os eleitores exasperados elegeram dezenas de ex-policiais e militares para o Congresso. A nostalgia pela ditadura militar de 1964-85 no Brasil cresceu. A confiança na democracia murchava.”
“Embora os assassinatos já estivessem caindo no Brasil quando Bolsonaro assumiu o cargo, seu governo mostrou os declínios ainda mais acentuados deste ano como prova de sucesso”, diz a matéria.
“Vimos uma redução significativa nos principais indicadores de criminalidade durante o governo Bolsonaro”, disse Moro, publicou o jornal.
Ele acrescentou que seu ministério havia trabalhado com governadores para controlar melhor as prisões do país, lar dos chefões do comércio ilegal de drogas no Brasil. “Existe uma clara correlação entre desordem no sistema prisional e o nível de crime que ocorre no mundo exterior”, disse Moro.
Mas, o jornal também registrou o aumento de assassinatos por parte dos policiais, “apoiados por Bolsonaro”.
Os policiais foram responsáveis por 6.220 mortes em 2018, 20% a mais que em 2017, segundo dados da Federação Brasileira de Segurança Pública.
A taxa geral de assassinatos no Brasil, apesar de inferior a 30,8 por 100 mil em 2017, ainda é mais de cinco vezes a média global, medida pela ONU, resume a reportagem.
Em seu perfil no Twitter, Sergio Moro, comentou:
@jairbolsonaro
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