Mark Zuckerberg perdeu mais US$ 1,9 bilhão em patrimônio líquido, enquanto as ações do Facebook continuavam a cair nesta sexta-feira (4).
As ações da Meta, controladora da plataforma, despencaram 1,5% nas negociações da manhã. Na quinta-feira, as ações já haviam registrado queda de 26% depois do anúncio no declínio de usuários ativos diários.
Assim, US$ 237 bilhões foram eliminados de sua capitalização de mercado – o maior prejuízo já registrado em um único dia ao longo dos 18 anos do Facebook.
A maior debandada de usuários foi registrada na África e na América Latina. Alguns analistas disseram que esse pode ser um indício de que o produto esteja saturado globalmente.
Além do prejuízo financeiro (foram cerca de US$ 31 bilhões nos dois últimos dias) o CEO da Meta também deixou o ranking dos 10 homens mais ricos do mundo da Forbes. Ele ocupa agora o 13º lugar, com patrimônio de US$ 82,9 milhões.
Enquanto isso, Jeff Bezos, da Amazon, viu sua riqueza subir US$ 13 bilhões com a valorização das ações da plataforma. Ele é hoje o terceiro homem mais rico do mundo.
DEBANDADA!
A saída dos usuários começou pelos jovens que deixaram de se associar à marca já há algum tempo, trocando o Facebook por plataformas mais interativas.
Os mais velhos continuaram, mas inúmeros deles – especialmente os mais conservadores – foram suspensos, censurados e até mesmo banidos.
Essa política, batizada equivocadamente de “combate à desinformação”, associada ao trabalho questionável das agências de checagem, não poupou veículos de comunicação e presidentes da República, como Donald Trump.
A queda no engajamento do Facebook foi acompanhada pelo lançamento de plataformas alternativas, com mais liberdade de expressão, como Gab, Telegram, Rumble e Gettr, entre outras. E o aplicativo de mídia social Truth, de Trump, estreia no próximo dia 21.
No início deste mês, as ações do Twitter também caíram mais de 7%, enquanto o Snapchat, quase 20%. O Pinterest caiu mais de 10%, mas conseguiu recuperar parte de seu valor durante as negociações de 3 de fevereiro.
Depois de reinados absolutos, as mídias sociais precisam repensar seus conceitos, ou seja, deverão escolher se pretendem manter usuários com liberdade de expressão para todos ou se preferem continuar como “editores” do mundo, expulsando os que pensam diferentes.
As pessoas não gostam de ser maltratadas.